miércoles, 3 de febrero de 2010

Eu sou o tipo de pessoa para quem você diz: "dê tempo ao tempo" e ela responde: "ok, mas já se passaram quatro horas e nada aconteceu".
Pois bem. Isso de esperar nunca foi comigo, na verdade. Mas acho que é uma das coisas que eu aprendi recentemente. Deixar estar e ser.
Nesse "redemunho" (pra citar Guimarães Rosa) de espera e ação, eu olho para trás e vejo tanta beleza. Também me lembro de que eu mesma disse que a memória é uma trapaceira e completa com flores os espaços que também foram de dor.
Mas isso também é mentira, pra justificar o bem que se perdeu. E eu perdi.
Mas agradeço com muito amor você ter feito parte de tanta coisa linda.
Se não tivesse sido você, creio que eu não seria.
Será que isso alcança?

1 comentario:

O visitante noturno dijo...

Olha, se não alcançou o bem que se perdeu, alcançou a mim.
“Se não tivesse sido você, creio que eu não seria” é uma coisa linda, que combina com “Porque era ela, porque era eu” do Chico Buarque. Porque é assim que faz (e desfaz) o nós, não é?
Se olhar bem, as flores da memória são cravos, pra perfumar e colorir o passado defunto. Ou pra impedir que ele cheire muito mal.
Eu também perdi. Eu também agradeço. Eu já não sou mais.