martes, 9 de marzo de 2010

Sujeito indeterminado

Na madrugada, amanheço um beijo que eu não dei
pra pensar nele todo espaço de memória que tiver
e não mais dormir
De tarde me floreio nas histórias que quase esqueci
e me deixo estar onde não estive e volto atrás o tempo que for
pra buscar ali a beleza que existiu
Me visto com ela para de noite outra vez me confundir
nos pensamentos labirínticos de uma des-paranóia
De caneta na mão, fujo dos teus olhos indagadores
e das perguntas que nem eu mesma me posso fazer
porque tudo é tão sólido como nuvens desesperadas.

domingo, 7 de marzo de 2010

Me diz pra quê se entorpecer

- Você vem sempre aqui?
- (Deus, será possível?) Não. A minha casa é o lugar que eu sempre vou.
- É que acho que já te vi...
- Pode ser, igual a mim existem mil.
- Não, você tem um rosto especial.
- De mãe???? (piada interna, o infeliz certamente não entendeu)
- Não! Você não tem cara de mãe!
- Você está bêbado então.
- Pode ser, mas você já veio aqui.
- Só venho quando eu quero ser outra pessoa.
- Outra pessoa?
- Outra pessoa.
- Que pessoa?
- Irreconhecível.
- Você não quer muito conversar né?
- Imagina, impressão sua.
- Sua amiga parece bem mais sociável do que você.
- É que a bebida dela é mais cara.

sábado, 6 de marzo de 2010

Gracias a la vida

E de repente...
Eu volto dezoito anos no tempo.

lunes, 1 de marzo de 2010

Eu quero ler todos os livros do mundo
Ver todos os filmes já feitos
Eu quero falar todas as línguas
Ouvir todas as músicas
Sentir todos os sons e todos os gostos
Ver tudo o que eu não vi e o que eu já vi
Pintar-me de todas as cores
Ser tudo o que eu não fui

Transcender...

E é por isso que tanta coisa já não cabe mais
E é por isso que tanto medo já não pode mais
E é por isso que o agora grita