martes, 20 de julio de 2010

Eu perdi o meu medo, o meu medo da chuva

E a liberdade de ser? Se sempre houve a culpa...
Desde... desde.
Nos primeiros passos, nas primeiras letras. Escondida sob a cama. Imersa nos meus pensamentos, para baixar o volume dos gritos entoados como cânticos religiosos ao meu redor.
Culpa?
Eu poderia discorrer capítulos infindáveis sobre ela. Inclusive da culpa de escrever em primeira pessoa. Mas aprendi que é inevitável, pois sou plenamente emocional e egoísta.
É mesmo. Já me contaram que todo mundo, sem exceção é egoísta, sabe?
Ah, a culpa!
A auto-flagelação de pensamentos repetitivos cheio de dedos indicadores gritões...
Insônia, clareira da madrugada. Ela vem e te abraça pra te lembrar do quão suja, vil e EGOísta você é.
Este EGO e-nor-me cosido nas rendas da culpa primordial de ser mulher... E o querer culposo.
E teus dedos? Armas de fogo apontadas ao meu peito: meu coração no paredão esperando os teus tiros duros e certeiros.
Tanta culpa de nojo, doente e maltrapilha, de quem não sabe o que é e nem o que quer.
Sei bem, conheço essa e outras modalidades de paranóia.
E decidi que elas não podem mais sentar-se à minha mesa.

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