miércoles, 11 de mayo de 2011

Pensando assim, na inutilidade das coisas. Quando tudo de repente fica seco e mudo e você pode finalmente se ouvir.
Então, você percebe que tudo é um constante perder. Um jogo cruel de apostas vãs, ou de quem consegue se conter mais. E eu sempre perco.
Comedimento nunca foi para mim: sempre fui impulso, ondas fortes, lágrimas ácidas e saltos mortais. Muito mortais.
Só que do lado de fora existe um mundo, que propõe que nos encapsulemos para poder formar parte da equipe e jogar. Caso contrário, banco de reservas.
Não: arquibancada.
A arquibancada é um lugar cômodo e triste. Assistir, tão somente.
Mas para que querer jogar, se não se pode SER?

miércoles, 13 de abril de 2011

eu sempre te quis bem
eu sempre te quis, vem

martes, 8 de marzo de 2011

Bach

Todos os dias quando abro as janelas pela manhã, os passarinhos desenham as notas musicais da canção do dia, nos fios de eletricidade.

martes, 22 de febrero de 2011

E como se fosse a estética da melancolia, doía.
Poderia ser apenas o estado natural, mas dessa vez doía diferente. Algo rebentando, mais que um grito. Algo que já não desesperava mais. O estático.
Não bem a perda, mas a não-perda, pois está tudo ali tão vivo.
Talvez ela preferisse a perda, meditou enquanto adoçava o café já frio. "Antes a perda do que olhar nos olhos da dor todo o sempre..."
Mas não conseguia. Sabia também que a ausência viria cheia de presença. Não, não era a solução.
Então o quê? O que fazer com essa dor louca???
Se já havia sangrado em palavras e lágrimas, se já havia vazado tudo.
Mais uma xícara de café, agora quente. Suspira e afasta uma folha que lhe incomoda o rosto e a visão dessa semi-paisagem-natural. Consolo.
Recosta na cadeira de vime.
"Não, não preciso mais do que isso..."
E nos olhos o reflexo de uma nuvem clara.

jueves, 27 de enero de 2011

Bonito

Eu - Amor, vou demorar mais uma horinha. Tenho que passar na livraria para ver um presente para o meu pai...
Ele -Tudo bem... já cozinhei as beterrabas, assim adianta a nossa janta.

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E esse conversê me fez passear um pouco por uma zona que as pessoas costumam chamar de felicidade.

miércoles, 8 de diciembre de 2010

"Mas nada disso dá conta da ligação invisível pela qual nós nos sentimos unidos desde o início. Por mais que tivéssemos sido profundamente diferentes, mas eu não deixava de sentir que alguma coisa fundamental era comum a nós, um tipo de ferida original - há pouco eu falava de "experiência fundadora": a experiência da insegurança.

A natureza desta não era a mesma para você e para mim. Não importa: para ambos, ela significava que não tínhamos um lugar assegurado no mundo, e só teríamos aquele que fizéssemos para nós."

(André Gorz, Carta a D.)

lunes, 18 de octubre de 2010

Isto é Oktoberfest...





miércoles, 13 de octubre de 2010

A verdade dividida, Drummond

A porta da verdade estava aberta
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só conseguia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso onde a verdade esplendia os seus fogos.
Era dividida em duas metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era perfeitamente bela.
E era preciso optar.
Cada um optouconforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

sábado, 2 de octubre de 2010

"Olha nao sou daqui..."

Faz tempo que perdi o roteiro.

viernes, 24 de septiembre de 2010

"Iaiá, se eu peco é na vontade de ter um amor de verdade."