viernes, 23 de enero de 2009
jueves, 22 de enero de 2009
miércoles, 14 de enero de 2009
"Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter carinho, pensei que amar é fácil.[...] É também porque eu me ofendo à toa. [...] Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes."
Eu pensaria que tinha sido eu quem escreveu este trecho se não soubesse que foi a Clarice Lispector. (conto "Perdoando Deus")
Eu pensaria que tinha sido eu quem escreveu este trecho se não soubesse que foi a Clarice Lispector. (conto "Perdoando Deus")
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martes, 13 de enero de 2009
Texto apagado de 08 de janeiro
Essa época de férias escolares (só das escolas dos outros pq eu continuo dando aula) é uma calmaria.
Ruas como as que eu moro permitem até que vc as atravesse! Ruas como a minha que já foram até confundidas com avenidas, deixam você conversar com uma pessoa do outro lado...
Cada um de um ladinho... veja só.
E se você se irritar com algo e por acaso decidir quebrar seu guarda-chuva batendo ele contra o ponto de ônibus, ninguém nem vai ver. Tá todo mundo de férias.
Malditas férias.
Ruas como as que eu moro permitem até que vc as atravesse! Ruas como a minha que já foram até confundidas com avenidas, deixam você conversar com uma pessoa do outro lado...
Cada um de um ladinho... veja só.
E se você se irritar com algo e por acaso decidir quebrar seu guarda-chuva batendo ele contra o ponto de ônibus, ninguém nem vai ver. Tá todo mundo de férias.
Malditas férias.
viernes, 9 de enero de 2009
O calor me traz um algo assim de tédio. Mormaço, corpo auto-colante, moleza.
Vontade de ficar jogada no chão da sala, com a janela aberta vendo o vento chacoalhar a palmeira.
De preparar aula nenhuma, de organizar nada.
Só me deixar.
Mas aí vejo que há sombra e acho que é algo de sombrio em mim gostar da sombra. Então me vem uma vontade de rasgar a roupa do tédio e fazer algo.
Desesperadamente fazer algo. Caçar borboletas, jogar bumerangue, pular ondas, ler poemas romenos, assistir corrida de avestruz, ouvir músicas do Caubi Peixoto.
Qualquer surrealidade me agradaria agora.
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tédio
martes, 6 de enero de 2009
Até o Fauno se perderia
Lendo o conto "El jardín de los senderos que se bifurcan" , do Borges (Ficciones), comecei a pensar em labirintos. Nos labirintos invisíveis do tempo e nos labirintos dos meus pensamentos.
Nestes últimos, só falsas saídas. Placas luminosas dizendo "por aqui", levando a lugar algum. Soluções em forma de comprimidos e cápsulas, todas inúteis.
Quando tudo o que eu precisava, na verdade, era de uma chave.
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