martes, 10 de agosto de 2010

Tremo, exito.
-Me deixa subir.

Decido entrar. O coração em bomba-relógio-pânico-cego. Mas vou mesmo assim, caminhando com os olhos chapados de dor, olhando sem ver, sangrando e doendo.
No chão do território inimigo, desabo, desmonto e você recolhe os meus pedaços.
E eu pego de volta o que é meu.

Torce a boca, olha as coisas abstrato
Percorre da varanda os quatro cantos
E tirando do corpo um carrapato
Imagina o romance mil e tantos...
(Vinícius de Moraes)

domingo, 8 de agosto de 2010

Um de cada lado do espelho



O amor e o ódio são gêmeos.
Na verdade, são seres fundidos e eu diria que um só existe porque o outro existe também.
Hoje eu sou só ódio.
Não há uma célula em mim que não queria a destruição e não deseje a dor.
A minha pulsão de vida vem do animal agonizante que carrego dentro.

Maldita e bendita a minha intução de sempre fazer
a pergunta exata.

sábado, 7 de agosto de 2010

Rua da Consolação, em frente ao cemitério X num dia cinza. Gris. As mãos entrelaçadas novamente, como antes e como nunca. Como eu pensei que nunca mais seria e foi.
Meu sobretudo também cinza e um vento gélido. Teu olhar pedinte, meu coração nervoso.
E o que faremos agora?
E o que faremos?
E o que...?

"Nós trocamos de papel porque o destino é uma puta..."

jueves, 5 de agosto de 2010

"Nunca" é uma promessa.
E é só o que eu posso te dizer agora.