O toc toc toc seco do salto contra as pedras da calçada é música de fundo para o que os olhos vêm (quando pisa pequenas pedrinhas, o barulho de aconchego casa com o frio cortante).
Cidade gris, vidas passando sem se cruzar.
Observo na praça umas pombas desavisadas comendo algum alimento ofertado num trabalho de macumba. Ao fundo, um labrador corre solto como se estivesse no campo, enquanto taxistas esperam por mais um cliente enchendo a cara de café.
Penso que adivinho porque tantos bons escritores compunham inspirados em paisagens artificiais. Essas são as mais naturais, na verdade, para almas tão misantropas.
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