viernes, 30 de octubre de 2009
Dear Stranger (ou Dear Sem-codinome-ainda)
1- eu não sou tão amarga quanto possa parecer;
2- amores não são âncoras, são asas para voar;
3- o amor é saudável sim, o que não é saudável é o sofrimento e os pensamentos obcessivos;
4- a corrente que prendia à âncora mencionada no texto abaixo tem a ver com dor e sofrimento, e não com o amor. Se me libertei de algo, foi da dor. O amor é algo que me constitui.
5- "até que ponto é válido amar?" Desde quando isso é racional? Não se escolhe, se sente. O dia em que isso for racional, estarei morta. Racional são as escolhas que fazemos para fugir da dor, mas sentimentos não se escolhem.
Será que fui clara? hahaha.
Meu Deus, parece um texto de auto-ajuda!
martes, 27 de octubre de 2009
"Pensamentos lindamente banais e libertadores (será que fechei a janela do quarto?) que só aparecem quando a dor da queimadura já passou (...).
Como se a corrente que o prendia à âncora tivesse partido (você não consegue lembrar onde e quando, ou o que estava fazendo), você percebe de repente que seus pensamentos estão novamente sob controle; sua cama não parece mais vazia, mas simplesmente sua, sua para dormir, ler o jornal..."
(David Gilmour, O clube do filme)
martes, 20 de octubre de 2009
viernes, 16 de octubre de 2009
E fica tudo para trás, como poeira... são poucas as que persistem.
Te digo também que você ainda chorará muito, rirá muito e jogará tudo para o alto.
Vai desistir e voltar atrás, para insistir em novos erros, porque viver é ir errando, e eu erro o tempo todo.
"Viver é um soco no estômago" e isso eu ia dizer se a Clarice já nao tivesse dito.
martes, 13 de octubre de 2009
sábado, 10 de octubre de 2009
Eu já deveria saber que é melhor assim
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.
(F. Pessoa)
viernes, 9 de octubre de 2009
Contrariando todas as probabilidades da lógica
Fiquem com suas realidades, que eu fico assim.
"Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber"
And this is ironic... don't you think?
domingo, 4 de octubre de 2009
Diálogo para un primer micro-guión
Essa pergunta surgiu no meio de uma conversa sobre músicas e livros, e você gosta disso? e daquilo? e etc e tal.
- Claro que sei. - disse a menina, enquanto terminava de se arrumar, sua carona passaria dentro de pouco tempo.
- Mas como? É impossível passar essas camisas!
Ela que detestava a palavra impossível, talvez por certa arrogância, talvez por determinação, e tinha mania de dizer que nada era impossível, discordou, adorando a maneira com a qual ele expressava sua inaptidão para tarefas domésticas:
- É simples, mas você tem de ter uma tábua de passar - disse ela duvidando que sua casa em Lyon pudesse ter uma.
- Aqui tem.
- Então você começa pela gola, depois encaixa o ombro na tábua e passa ele.
-Hum.
-Depois as mangas e por último o tronco, girando ele sobre a tábua - escreveu e isso e se olhou no espelho, para ver como estava o cabelo.
- Então tem uma receita... genial.
"Genial". Tudo para ele era genial e ela achava interessante a colocação dessa palavra nos lugares mais inesperados.
-Mas não faz isso agora, vai amassar tudo na mala - nessa hora sentiu-se mãe de novo, querendo aconselhar aquele desconhecido.
-Ah, não vou fazer agora. Vou fazer quando chegar em Madrid.
-Você vai lembrar?
-Claro: gola, ombros, mangas e tronco!
-Isso...
-É.
-Eu sei que é absurdo, mas... - então ela pensou em quão estranho era tudo aquilo. Ela nem sequer havia visto seu rosto e algo estranho ocorria.
Ocorria um buraco dentro dela, isso que ocorria. Ocorria que ela sabia que na nova cidade o estranho sem rosto não sabia se teria comunicação.
-Mas...?
-Mas acho que vou sentir sua falta. Parece loucura, mas vou sentir sua falta.
-A gente tem se falado muito né?
-É...
-Também vou sentir a sua.
sábado, 3 de octubre de 2009
Todo se transforma
Tu beso se hizo calor,
Luego el calor, movimiento,
Luego gota de sudor
Que se hizo vapor, luego viento
Que en un rincón de la rioja
Movió el aspa de un molino
Mientras se pisaba el vino
Que bebió tu boca roja.
Tu boca roja en la mía,
La copa que gira en mi mano,
Y mientras el vino caía
Supe que de algún lejano
Rincón de otra galaxia,
El amor que me darías,
Transformado, volvería
Un día a darte las gracias.
Cada uno da lo que recibe
Y luego recibe lo que da,
Nada es más simple,
No hay otra norma:
Nada se pierde,
Todo se transforma.
El vino que pagué yo,
Con aquel euro italiano
Que había estado en un vagón
Antes de estar en mi mano,
Y antes de eso en torino,
Y antes de torino, en prato,
Donde hicieron mi zapato
Sobre el que caería el vino.
Zapato que en unas horas
Buscaré bajo tu cama
Con las luces de la aurora,
Junto a tus sandalias planas
Que compraste aquella vez
En salvador de bahía,
Donde a otro diste el amor
Que hoy yo te devolvería
Cada uno da lo que recibe
Y luego recibe lo que da,
Nada es más simple,
No hay otra norma:
Nada se pierde,
Todo se transforma.