- Você sabe passar camisas masculinas?
Essa pergunta surgiu no meio de uma conversa sobre músicas e livros, e você gosta disso? e daquilo? e etc e tal.
- Claro que sei. - disse a menina, enquanto terminava de se arrumar, sua carona passaria dentro de pouco tempo.
- Mas como? É impossível passar essas camisas!
Ela que detestava a palavra impossível, talvez por certa arrogância, talvez por determinação, e tinha mania de dizer que nada era impossível, discordou, adorando a maneira com a qual ele expressava sua inaptidão para tarefas domésticas:
- É simples, mas você tem de ter uma tábua de passar - disse ela duvidando que sua casa em Lyon pudesse ter uma.
- Aqui tem.
- Então você começa pela gola, depois encaixa o ombro na tábua e passa ele.
-Hum.
-Depois as mangas e por último o tronco, girando ele sobre a tábua - escreveu e isso e se olhou no espelho, para ver como estava o cabelo.
- Então tem uma receita... genial.
"Genial". Tudo para ele era genial e ela achava interessante a colocação dessa palavra nos lugares mais inesperados.
-Mas não faz isso agora, vai amassar tudo na mala - nessa hora sentiu-se mãe de novo, querendo aconselhar aquele desconhecido.
-Ah, não vou fazer agora. Vou fazer quando chegar em Madrid.
-Você vai lembrar?
-Claro: gola, ombros, mangas e tronco!
-Isso...
-É.
-Eu sei que é absurdo, mas... - então ela pensou em quão estranho era tudo aquilo. Ela nem sequer havia visto seu rosto e algo estranho ocorria.
Ocorria um buraco dentro dela, isso que ocorria. Ocorria que ela sabia que na nova cidade o estranho sem rosto não sabia se teria comunicação.
-Mas...?
-Mas acho que vou sentir sua falta. Parece loucura, mas vou sentir sua falta.
-A gente tem se falado muito né?
-É...
-Também vou sentir a sua.
Essa pergunta surgiu no meio de uma conversa sobre músicas e livros, e você gosta disso? e daquilo? e etc e tal.
- Claro que sei. - disse a menina, enquanto terminava de se arrumar, sua carona passaria dentro de pouco tempo.
- Mas como? É impossível passar essas camisas!
Ela que detestava a palavra impossível, talvez por certa arrogância, talvez por determinação, e tinha mania de dizer que nada era impossível, discordou, adorando a maneira com a qual ele expressava sua inaptidão para tarefas domésticas:
- É simples, mas você tem de ter uma tábua de passar - disse ela duvidando que sua casa em Lyon pudesse ter uma.
- Aqui tem.
- Então você começa pela gola, depois encaixa o ombro na tábua e passa ele.
-Hum.
-Depois as mangas e por último o tronco, girando ele sobre a tábua - escreveu e isso e se olhou no espelho, para ver como estava o cabelo.
- Então tem uma receita... genial.
"Genial". Tudo para ele era genial e ela achava interessante a colocação dessa palavra nos lugares mais inesperados.
-Mas não faz isso agora, vai amassar tudo na mala - nessa hora sentiu-se mãe de novo, querendo aconselhar aquele desconhecido.
-Ah, não vou fazer agora. Vou fazer quando chegar em Madrid.
-Você vai lembrar?
-Claro: gola, ombros, mangas e tronco!
-Isso...
-É.
-Eu sei que é absurdo, mas... - então ela pensou em quão estranho era tudo aquilo. Ela nem sequer havia visto seu rosto e algo estranho ocorria.
Ocorria um buraco dentro dela, isso que ocorria. Ocorria que ela sabia que na nova cidade o estranho sem rosto não sabia se teria comunicação.
-Mas...?
-Mas acho que vou sentir sua falta. Parece loucura, mas vou sentir sua falta.
-A gente tem se falado muito né?
-É...
-Também vou sentir a sua.
2 comentarios:
Hombre. ¿Que sé yo?
¡Un beso!
¡Joder! A lo mejor sí...jeje
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